quinta-feira, 7 de outubro de 2010

China

China
Em meio aos arranha-céus, às excitantes novidades ocidentais, e a um certo deslumbramento pelo título de potência econômica, reside o retrato de um país repleto de cultura riquíssima e tradições milenares.
Eis aqui um lugar de contenção religiosa, minuciosos jardins, aromas desconcertantes, e muito, muito de uma originalidade que já chamava a atenção bem antes do “advento” Coca-cola e Fast-foods. Existem alguns locais no país, onde os ecos do passado ainda falam tão alto quanto a mais alta das tecnologias. Entre palácios e templos, podemos perceber a silenciosa e paciente tenacidade do povo chinês, que no decorrer dos séculos, nunca deixou de fascinar o mundo com suas fábulas incomparáveis e um atraente mistério oriental. A tradição e a história chinesas continuam muito bem representadas em atrações como a Cidade Proibida e a Grande Muralha em Pequim, ou o Exército dos Soldados de Terracota em Xi’an. Porém, os traços de modernidade também fazem parte do cenário no país, e qualquer turista desavisado que desembarque por lá esperando encontrar somente aquela atmosfera milenar do tempo dos samurais, certamente irá se surpreender. São paradoxos convivendo pacificamente lado a lado, uma maravilhosa harmonia em cenários admiráveis: monumentos históricos ao lado de prédios altíssimos, palácios imperiais entre largas avenidas, o enorme retrato de Mao Tsé-tung e a colorida publicidade do McDonald’s. Terra das bicicletas e dos riquixás – cadeirinhas com duas rodas puxadas por um homem a pé – a China ainda ostenta o título de país mais populoso do mundo, com cerca de 1,3 bilhões de habitantes. A maior religião vigente é o Budismo, perfeitamente personificada na figura dos monges. Por anos e anos isolado, devido ao comunismo extremista e à revolução cultural, o país hoje abriu os braços para o turismo. Segundo a Organização Mundial do Turismo, é o quinto país mais visitado no mundo, e deve tornar-se o primeiro em 2020. Partindo do Brasil, devido à enorme quantidade de escalas e conexões, leva-se em média de 25 a 35 horas de vôo para se chegar até lá.

A história da acupuntura

A história da acupuntura iniciou-se com o aquecimento de pedras em certas partes do corpo. O homem de Pekin há mais de 10.000a.c e seu sucessor o Upper man utilizavam utensílios de madeira,ossos ,pedras e espinhas de peixes,para realizar estímulos em certos pontos do corpo (Acupontos).
Na Era Neolítica, quando o homem organizou a sociedade em clãs , surgiram os três imperadores lendários oriundos deste tipo de organização. Foram estes imperadores, importantes para a construção do pensamento filosófico chinês .Consta na história,que o imperador Huang di (o imperador amarelo), praticava alguns exercícios de tuna (exercícios respiratórios) e seus conhecimentos foram reunidos no Huang di Nei jing, dividido em duas partes Su wen e Ling Shu (base fundamental da Acupuntura).
È durante as Dinastias Xia, Shang , Zhou
(2.000 a.c), que surge a escola naturalista com os princípios de Yin e Yang e cinco elementos. Mestres deste período nomearam meridianos e pontos de acupuntura.
O imperador Qin Shinhuan (475 a.c), que unificou a china e iniciou a construção da Grande muralha, queimou obras importantes de relevantes autores da medicina trdicional chinesa.
No período Han (220.dc), fazemos referências a alguns importantes acupunturistas: Huo To um dos primeiros a realizar cesariana e utilizar a técnica da analgesia para diminuir a dor. Outro celebre acupunturista foi Tsan Kung reuniu 25 relatórios contendo descrições sobre o uso de agulhas no tratamento de varias doenças. Zhang Zhong jing também teve sua importância neste período, pois escreveu o primeiro tratado em acupuntura. Na dinastia Tsin e Tang ( 265.d ), período que foi autorizado a farmacopéia pelo império chinês, o renomado Sun Simiao copilou vários livros entre estes as mil valiosas precisões de ouro e fez mapas multicoloridos dos canais de energia. Na Dianstia Song 960; Wang Wei através da compilação do manual multicolorido, fundiram-se os pontos dos doze meridianos na figura de Bronze, estas realizações promoveram o início das escolas e foram um marco para a acupuntura, pois possibilitaram a unificação do conhecimento.
Na dinastia Jim e Yuan -1279 o acupunturista Lao tien yie verificou o fluxo dos Meridianos e tratamento e Houjouyu relacionou as horas aos diversos acupontos dos canais de
energia.Durante a Dinastia Ming (1368) um dos autores mais importantes foi Yang Jih Zhou com a obra Zhen Jiu Da Cheng, que sintetiza as aquisições da acupuntura na época de Huang Di. Na ultima dinastia Qin a acupuntura quase caiu no esquecimento.
O ocidente deve a George Solie de Morant um francês que foi para china em 1908 e estudou esta magnífica arte da cura. No Brasil na década de 40, o professor Frederico Spaeth de origem européia naturalizou-se brasileiro e dedicou a sua vida ao estudo e ao ensino da acupuntura. Após décadas de misticismo e incertezas com relação a sua eficácia, a pratica tornou-se alvo de intensa briga pela reserva de mercado. Em 1985 a Acupuntura foi reconhecida oficialmente por intermédio da Resolução COFFITO 60 1985, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que concedeu autonomia para praticar o método.
Com a historia da acupuntura podemos entender que este conhecimento é milenar, embora tenhamos várias pesquisas, que comprovam a eficácia desta técnica em diversas enfermidades; existem lacunas que ficaram ao longo do tempo. Este e o grande paradigma que caminho a acupuntura vai trilhar, pois no nosso entendimento ciência e filosofia devem estar juntas, nunca esquecendo da tríade: conhecimento, técnica e intuição.